Ivan Richard
Da Agência brasil
Brasília - As televisões universitárias de todo país poderão, a partir de agora, compartilhar seus programas. Por meio da Rede de Intercâmbio de Televisão Universitária (RITU), lançada hoje (13) em Brasília, as instituições de ensino superior, reunidas na Associação Brasileira de Televisão Universitária (ABTU), poderão trocar programas de TV por meio de um sistema desenvolvido pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNT). A troca será feita usando internet de alta velocidade.De acordo com o presidente da ABTU, Gabriel Priolli, a rede vai aumentar significativamente a oferta de programação para as tevês universitárias. Segundo ele, a maior dificuldade desses canais está na produção de conteúdo para preencher uma grade de programação que deveria ficar no ar 24 horas por dia.“Se o canal for tentar produzir sozinho toda sua programação,será um esforço sobre-humano para as universidades. Isso vai mobilizar uma quantidade de recursos maior do que precisa para a própria gestão da universidade”, afirmou Priolli. Ele disse que é preciso, então, que a programação venha de fora. "Esse é o esquema de compartilhamento de programação. Diversas universidades se unem, juntam os programas que têm, compartilham e compõem as grandes redes de canais universitário pelo Brasil afora. Ela [a rede] resolve um problema central dos canais universitários”, sintetizou.Segundo o presidente da ABTU, o compartilhamento de programação, em nível nacional, vai também otimizar a utilização do conteúdo educacional, o que reduzirá os custos nas emissoras, permitindo que os investimentos se concentrem na produção de programas.A central da rede de tevês universitárias ficará na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Lá os programas serão aprovados, organizados e colocados na em um portal de acesso na internet. O projeto-piloto da rede começa a ser testado em janeiro, em nove televisões universitárias. A expectativa é de que, quando a RITU estiver em plena operação, após 30 de junho, uma centena de universidades participem do projeto.