Conselho Político dá prazo de 45 dias para partidos apresentarem propostas sobre reformas

13/12/2006 - 20h15

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Elaborar as reformas política e tributária é o grande desafio do Conselho Político do Governo, segundo o ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro. Formado por presidentes e líderes de dez partidos da base aliada do governo, o Conselho se reuniu pela primeira vez hoje (13).No encontro, o Conselho decidiu que os partidos terão 45 dias para apresentar propostas sobre as duas reformas. Para Tarso Genro, a reforma política precisa ser aprovada no primeiro semestre de 2007. “Nós sabemos que se não aprovarmos a reforma política no primeiro semestre, nós não aprovaremos mais”, afirmou, após o encontro no Palácio do Planalto.Ainda conforme o ministro, o fim da guerra fiscal é ponto crucial dentro da reforma tributária: “Se pudesse escolher, eu votaria em primeiro lugar a guerra fiscal, porque isso coloca os governadores e as bancadas num patamar de realismo político muito mais forte para votar o resto”.Indagado se com o apoio dos partidos do conselho o governo não sofrerá mais perdas no Congresso, Tarso Genro respondeu que o governo poderá perder e que o Conselho não será “um bloco férreo de votação”. Segundo o ministro, "o Conselho será um órgão de ajuste para projetos estratégicos do governo, buscando o maior consenso possível para votações rápidas e formação de maioria eficaz”.Já para o presidente interino do PT e assessor especial do presidente, Marco Aurélio Garcia, o governo perderá no Parlamento somente “se a coalizão no âmbito do Congresso não for capaz de dar conseqüência a esse espírito que sentimos tão forte na reunião de hoje”.  O presidente do PMDB, Michel Temer, que falou em nome dos partidos aliados, afirmou que cargos no governo não foram debatidos na reunião. “Esta coalizão visa à formulação, que não depende de cargos. Se depois o presidente entender que para a execução, que é uma outra fase, dependerá dos partidos políticos, ele vai colocar naturalmente os partidos”, afirmou.Participaram da reunião Marco Aurélio Garcia, presidente interino do PT; José Renato Rabelo, presidente do PC do B; Roberto Amaral, presidente do PSB; Vitor Araújo dos Santos, presidente do PRB; Michel Temer, presidente do PMDB; Carlos Lupi, presidente do PDT; Alfredo Nascimento, presidente do PR; José Luiz Penna, presidente do PV; Nélio Dias, presidente do PP, deputado José Múcio, líder do PTB na Câmara; senador Marcelo Crivela, do PRB e o governador eleito de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).