Seminário discute desafios para que índices de pobreza continuem em queda no Brasil

30/11/2006 - 13h23

Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A constatação da significativa redução dosíndices de desigualdade social e de pobreza no Brasil desde 2001 e osdesafios futuros para que as taxas continuem a cair motivaram arealização do seminário internacional O Desafio da Redução daDesigualdade e da Pobreza, que começou hoje (30), na sede do Institutode Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Além do Brasil, participam doevento especialistas internacionais em redução da pobreza da Argentina,Chile, Colômbia e México.

Dados doIpea mostram que, de 2001 a 2004, a desigualdade de renda familiar percapita no Brasil caiu de forma contínua, alcançando o menor nível nosúltimos 30 anos.

Na abertura doseminário, o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, PauloBernardo, afirmou que, ao lado dos programas sociais do governo, ocontrole da inflação contribuiu para a queda da desigualdade social.

“Nósnão teríamos o aumento da renda do trabalhador garantido, se nãotivéssemos, do outro lado, o controle da inflação e o sucesso que nóstivemos”, afirmou o ministro. Entretanto, completou, "não achamos queos investimentos no país vão se resolver com o orçamento público.Precisamos também garantir que a iniciativa privada tenha condições defazer maiores investimentos”.

Deacordo com dados da Fundação Getúlio Vargas, a taxa de pobreza noBrasil atingiu, em 2005, o menor patamar desde que esse indicadorcomeçou a ser medido, em 1992. Os dados, divulgados em setembro,mostram que percentual da população que vivia com até R$ 121,00 percapita por mês foi de 22,77%, abaixo do índice de 35,16% registrado há14 anos.

Participaram também da abertura doseminário o presidente do Ipea, Luiz Henrique Proença Soares; orepresentante do Departamento de Desenvolvimento Internacional, ErnestoJager; o secretário-executivo adjunto do Ministério da Educação, AndréLázaro; o secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Emprego,Marco Antônio de Oliveira; e o presidente da Comissão de DireitosHumanos da Câmara dos Deputados, Luiz Eduardo Greenhalg (PT-SP). Oseminário prossegue até amanhã (1º).