Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A expectativa de vendas no final do ano com o Natal sugereum quarto trimestre mais forte para a economia. O comentário foi feito pelosecretário do Tesouro, Carlos Kawall, em referência ao resultado do PIB (somadas riquezas produzidas no país) no trimestre, que teve um crescimento de 0,5%.“Acho que a gente tem um crescimento moderado que aindareflete uma trajetória vinda de um período de crise de credibilidade,desconfiança e de inflação elevada, no início do mandato presidencial”.Kawall lembrou que o país passa por um ciclo de redução dataxa de juros , que deve se completar nos próximos anos. “Temos claramente umambiente de queda de taxa de juros de longo prazo, o que favorece ofinanciamento de consumo e acredito que no ano que vem também seja favorável aoinvestimento”.Ele não quis arriscar um palpite para o PIB no quartotrimestre, mas afirmou que gostaria de ver o Brasil crescer a uma taxa média de5% nos próximos anos. Segundo ele, para isso acontecer é necessário aumentarinvestimentos públicos, o que implica controle das despesas correntes.Sobre a possibilidade de continuar a trajetória de queda dosjuros da economia em 2007, Kawall que é provável que diminua. “Certamente oespaço para queda dos juros no ano que vem é menor. Viemos de um patamar muitomais elevado e o importante é que continuemos a observar a expectativa deinflação sob controle. Isso é o que dá substância para que não só a Selic caia,mas também as taxas de médio e longo prazos possam se reduzir, o que favorece ofinanciamento ao consumo, como no financiamento imobiliário”.O secretário disse que não há espaço para queda “vertiginosa”da carga tributária. “O importante é que você possa gerar uma trajetóriaconsistente em que a carga se reduza ao longo dos próximos anos, em médio elongo prazos”.Ele também defendeu a eliminação do que considerou“distorções” do sistema tributário, como o Imposto sobre Circulação deMercadorias e Serviços (ICMS), que tem alíquotas e vantagens diferentes em cadaregião, já que é um imposto estadual.
