Edla Lula
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Estabelecer uma agenda de desenvolvimento a médio e longo prazos é odesafio da política oficial neste momento. A opinião é do secretário doTesouro Nacional, Carlos Kawall, que nesta manhã participou da aberturado 2° Seminário Internacional de Finanças Públicas, evento em homenagemaos 20 anos do Tesouro Nacional. “O debate da política fiscalse concentra no reconhecimento de que há uma carga tributária excessivano país. Tivemos – e sabemos o porquê – que elevá-la num momento deaflição e crise, mas hoje ela é disfuncional”, disse Kawall, aoressaltar que a política de controle de gastos adotada pelo Tesouro nosúltimos anos conseguiu sanar a crise de gastos excessivos.“Aomesmo tempo, sabemos que o ajuste fiscal sacrificou o investimentopúblico, que hoje está em níveis baixos”, justificou. Agora,segundo o secretário, a palavra de ordem é o crescimento. “Essa é aencomenda do presidente da República e essa é a encomenda da sociedade.Por isso hoje temos uma nova agenda, não mais aquela de conter a crise,aquela mais emergencial. O desafio é o de olhar o médio e o longoprazo”.O seminário se realiza no auditório do Superior Tribunalde Justiça (STJ). Neste momento a diretora do Departamento Fiscal doFundo Monetário Internacional (FMI), Tereza Ter-Minassian. Durante todoo dia, especialistas discutem a qualidade dos gastos públicos no país.O encerramento do evento será às 18h30, com a presença do ministro daFazenda, Guido Mantega.