Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Após seis meses de lançado, o Programa Gênero e Diversidade na Escola,coordenado pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres começou a seravaliado hoje em uma oficina que vai até quinta-feira, em Brasília.O programa é desenvolvido em parceria com o Ministério da Educação e aSecretaria Especial de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Seppir) e temo objetivo de capacitar professores de 5ª a 8ª séries da rede pública paralidar com manifestações de preconceito racial, de gênero ou de preferênciasexual, em sala de aula.Até agora, o projeto foi desenvolvido em caráter experimental e capacitou1.200 professores de seis cidades: Salvador (BA), Dourados (MS), Porto Velho(RO), Maringá (PR), Niterói e Nova Iguaçu, ambas no Rio. Os professores fizeramcurso de 200 horas de duração.Na abertura do encontro, a ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial dePolíticas para as Mulheres, disse que os efeitos do programa sobre ocomportamento dos alunos devem ser sentidos a médio e longo prazos, mas que jáé possível observar o impacto positivo sobre os professores que fizeram ocurso.“Essa experiência que eles tiveram foi muito positiva do ponto de vista damudança de atitude frente às temáticas que alicerçam os processo dediscriminação”.A ministra Matilde Ribeiro, da Seppir, ressaltou que o projeto é uma dasformas de implementação da Lei 10.639, de 2003, que torna obrigatório o ensinoda história e cultura afro-brasileiras nos níveis fundamental e médio. “Essalei está em processo de implementação, a considerar que existe há menos dequatro anos e que estamos falando de uma realidade de mais de 500 anos deBrasil.”Participam do encontro cerca de cem pessoas, entre organizadores erepresentantes de governos estaduais e municipais, professores capacitados noscursos, além de membros do Centro Latino-Americano em Sexualidade e DireitosHumanos (Clam), ligado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Esse centrodesenvolveu os conteúdos e a metodologia do curso.