Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Lideranças de diferentes correntes peemedebistas acertaram hoje (28) num almoço na residência do presidente do partido, deputado Michel Temer (SP), o ingresso do PMDB no governo de coalizão buscado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o seu segundo governo. A decisão deverá ser homologada na quinta-feira na reunião do Conselho Político do partido, confirmaram os peemedebistas que participaram do apoio.Participaram deste encontro o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL); o ex-presidente da República e senador, José Sarney (AP); o ex-governador de São Paulo, Orestes Quércia; o deputado Geddel Vieira Lima (BA); e os governadores reeleitos do Amazonas, Eduardo Braga, e do Espírito Santo, Paulo Hartung. “Quinta-feira vamos ter a reunião do conselho (político) e esperamos que nesta reunião saia a decisão de apoiar formalmente o governo do presidente Lula para uma coalizão entre o nosso partido e os partidos da base de sustentação do governo”, afirmou José Sarney.O senador reconheceu que existem quadros peemedebistas que são contrários a formalização do apoio peemedebistas ao governo Lula. Acrescentou, entretanto, que estas divergências “não são capazes de abalar a unidade do partido”. Sarney ressaltou que o apoio do PMDB ao governo “representa uma tranqüilidade para o governo porque não só é um grande partido como, também, um partido de quadros, de homens experientes que podem contribuir bastante para a governabilidade, para a formulação das políticas públicas e para a discussão do programa do governo”.Já Renan Calheiros afirmou que “nestas conversas o PMDB está exercitando o seu consenso”. No mesmo discurso de Sarney, o presidente do Senado disse que a busca deste consenso permitirá ao partido ajudar na governabilidade do presidente Lula e na definição de políticas públicas. “O PMDB quer cumprir fundamentalmente este papel”.O presidente do partido, Michel Temer, disse que “todos os participantes desta reunião concordaram com esta hipótese (formalização da entrada do partido na coalizão de governo) exata e precisamente para que o partido como um todo se manifestasse e não apenas parte dele”. Já o ex-governador Orestes Quércia acrescentou que, oficializada a decisão pelo conselho, uma comissão de peemedebistas comunicará o fato ao presidente Lula tão logo ele retorne da viagem à África.