Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - No ano passado, 65 milhões de brasileiros – o equivalente a um terço da população – fizeram viagens dentro do país, para visitar parentes e amigos, e também para recreio. Com esses dados, o ministro interino do Turismo, Márcio Favilla, destacou "a relevância extraordinária do turismo interno no Brasil, atualmente, mais que o internacional". Na abertura do 1º Encontro Nacional do Programa de Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil, ele ainda citou que São Paulo e Minas Gerais foram os estados que atraíram o maior número de viajantes e lembrou que "o turismo se desenvolve constantemente no mundo, independentemente de crises". Participam do encontro, até amanhã (18), representantes de 500 municípios, entre prefeitos, secretários de Turismo, representantes de Câmaras Temáticas do Conselho Nacional de Turismo e de instituições parceiras. Segundo Favilla, o turismo internacional também precisa ser atraída, pelas divisas que pode gerar. Ele informou que entre as metas do ministério está a "criação, em cada estado, de pelo menos três destinos turísticos de qualidade internacional". O setor, acrescentou, deverá gerar no próximo ano 1,2 milhão de empregos e US$ 8 bilhões em receita cambial. "A meta é trazer 9 milhões de turistas estrangeiros em 2007", disse.De janeiro de 2002 a agosto último, informou, a área de turismo gerou 322 mil postos de trabalho no país, totalizando com os empregos informais 966 mil ocupações. No encontro, de acordo com o ministro, será feita “a sintetização das prioridades dos municípios, de forma a orientar melhor os parlamentares no direcionamento dos recursos para o setor, que são escassos, mas que, se otimizados, poderão contribuir para o desenvolvimento substancial dessa atividade". O vice presidente da Comissão de Turismo da Câmara Federal, deputado Ricarte de Freitas (PTB-MT), lembrou que no mundo o turismo cresce 10% ao ano, enquanto no Brasil o índice está em 20%. E disse que “a sociedade brasileira deve se envolver na atividade turística, por ser ela transformadora do desenvolvimento”.