CPI dos Sanguessugas começará a tomar depoimentos no dia 31

17/10/2006 - 22h50

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas só começará a tomar os depoimentos das pessoas supostamente envolvidas na tentativa de compra do dossiê contra políticos do PSDB no dia 31. Hoje (17), foram aprovados os requerimentos de convocação de oito pessoas que teriam participado da operação da compra do documento. Segundo o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que integra a comissão, o deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), presidente da CPMI, já elaborou os expedientes de convocação de Valdebran Padilha, Gedimar Passos e Jorge Lorenzetti para prestarem depoimentos a partir das 14 horas do dia 31. Para os sub-relatores Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Júlio Delgado (PSB-MG), no entanto, a comissão teria condições para começar a tomar os depoimentos já na semana que vem. "Seriam necessários pelo menos 12 integrantes da comissão e há condições de termos essa presença na próxima semana, mas a decisão de marcar a data é do presidente da CPMI", disse  Delgado. Ele lembrou que nas últimas semanas havia mais de 12 presentes em todas as reuniões marcadas: "Elas só não ocorreram porque para votações era necessário um mínimo de 19 integrantes".O deputado Arnaldo Faria de Sá informou que amanhã (18) a CPMI deverá encaminhar ofício ao Ministério Público Federal em Cuiabá (MT), pedindo a transferência dos sigilos bancário e fiscal de Freud Godoy, que já foram quebrados e estão à disposição do MPF. O requerimento foi aprovado hoje.O vice-presidente da comissão, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), informou que mesmo sem reunião prevista para os próximos dias, alguns integrantes começarão a analisar a documentação relativa ao dossiê contra políticos do PSDB que já se encontra em poder da comissão. "É possível avançar nas investigações. Amanhã vamos ao TCU [Tribunal de Contas da União] solicitar complementos de informações. Provalvelmente voltaremos a Cuiabá para obter mais informações. Portanto, temos um conjunto de iniciativas que podem avançar e identificar a origem do dinheiro", disse Jungmann, ao se referir aos R$ 1,7 milhão apreendidos, e que seriam usados para a compra do documento