Ministério lança manual com orientações para o cultivo de plantas medicinais

17/10/2006 - 14h37

José Carlos Mattedi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As plantas medicinais além de fazer bem à saúde do corpo têmtudo também para fazer muito bem ao bolso dos produtores rurais brasileiros.Essa é a opinião do agrônomo Cirino Corrêa Júnior, um dos autores do primeirovolume do manual Plantas Medicinais e Orientações Gerais para o Cultivo – BoasPráticas Agrícolas de Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares, lançadonesta terça-feira (17), no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.Corrêa afirmou que chegou a hora de transformar copaíba, capim-santo, camomila,manjericão e muitas outras plantas medicinais em um negócio sustentável. Segundo dados do ministério, 65% da população dos países emdesenvolvimento utilizam plantas medicinais para prevenção e tratamento deproblemas de saúde. O mercado de plantas medicinais e fitoterápicos cresce nomundo todo, principalmente nos países industrializados, onde são movimentadoscerca de US$ 20 bilhões ao ano, disse o agrônomo. E o Brasil movimenta US$ 520milhões, com uma expectativa de se chegar a US$ 1 bilhão em 2010, completa aagrônoma Marianne Christina Scheffer, também autora do manual.Scheffer ressalta que o Brasil detém 25% da biodiversidadedas espécies de plantas do planeta. “Imagine como esse mercado pode expandir-seem parceria com os produtores”, sublinha. De acordo com ela, esse é um segmentoque apresenta retorno econômico, gera empregos, utiliza pequenas áreas eprivilegia a produção familiar. A cartilha, realizada de forma conjunta por instituições epessoas dedicadas ao cultivo, contém orientações básicas sobre a seleção dematerial genético, técnicas de cultivo, de colheita, secagem e comercialização.Revela também a importância das plantas medicinais para a prevenção etratamento de problemas de saúde. Segundo o Ministério da Agricultura, o manual busca fomentare expandir a produção desses vegetais no país.O manual, lançado hoje, é o primeiro de uma série sobreplantas medicinais. Pode ser adquirido, gratuitamente, no Ministério daAgricultura. A partir de novembro, será distribuído nas superintendênciasestaduais do ministério.