Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ex-assessor da Presidência da República Freud Godoy encaminhou hoje (9) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) defesa na ação que investiga sua participação na tentativa de compra de um dossiê que envolveria políticos do PSDB. A investigação foi pedida pela coligação Por um Brasil Decente (PSDB/PFL), do candidato Geraldo Alckmin.Em sua defesa, Freud Godoy alega que o pedido de investigação judicial baseou-se, exclusivamente, em material divulgado pela imprensa, não podendo ser considerado como prova “um emaranhado de publicações em jornais e imagens transmitidas por redes de televisão”.Godoy também afirma que seu nome foi citado no caso apenas após o depoimento de Gedimar Passos, ex-filiado ao PT com quem foi apreendido R$ 1,7 milhão, em um hotel em São Paulo. O dinheiro seria, supostamente, para pagar o dossiê. Freud Godoy esclarece, na defesa, que desligou-se do cargo de assessor especial do presidente da República com a intenção de trazer maior transparência e independência ao trabalho da Polícia Federal.O ex-assessor presidencial explica, ainda, que uma empresa de segurança, em nome de sua mulher, foi procurada para prestar serviços no comitê central da campanha do presidente Luís Inácio Lula da Silva e, por essa razão, manteve alguns contatos telefônicos e encontros pessoais com pessoas ligadas ao PT, inclusive com Gedimar Passos. Mas afirma que todos esses contatos foram sobre assuntos relacionados ao serviço prestado.