Thiago Brandão
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Organização da Aviação Civil Internacional (Oaci), sediada no Canadá, deve iniciar nesta semana a perícia das caixas-pretas dos aviões que colidiram em pleno vôo no dia 29 de setembro, no norte de Mato Grosso. O acidente deixou 154 pessoas mortas.A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) enviou à organização os equipamentos do jato Legacy, fabricado pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), e do Boeing 737-800, fabricado pela companhia Boeing e utilizado pela Gol. Falta apenas uma unidade de armazenamento de dados do Boeing, que ainda não foi encontrada pelas equipes de busca da Força Aérea Brasileira (FAB).De acordo com a Agência, a Oaci ficará responsável pelas perícias porque é um centro de excelência em investigações de acidentes aéreos. Além de traduzir as informações das caixas-retas, deverá ser feita uma simulação dos vôos do Legacy e do Boeing até o momento do acidente, o que permitirá maior precisão na perícia.A assessoria de imprensa da Anac informou que o Canadá é visto como um país neutro pela comissão que investiga o acidente aéreo no Brasil. E que essa neutralidade é considerada importante para que não existam dúvidas sobre a apuração do caso, já que as empresas fabricantes dos aviões envolvidos no acidente são de países diferentes – Brasil e Estados Unidos.A Oaci tem prazo inicial de 90 dias para realizar a perícia, que será acompanhada por técnicos da Anac, mas pode haver prorrogação.Os pilotos do jato Legacy envolvido na colisão fizeram um pouso de emergência e nenhuma das sete pessoas que estavam a bordo ficou ferida.