Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A formação de um grupo de trabalho para elaborar as bases de acordo de livre comércio entre o Mercosul, a Índia e a União Aduaneira da África Austral será discutida no próximo dia 13, quando se realizará em Brasília a 1ª Reunião de Cúpula do Fórum de Diálogo Índia-Brasil-África do Sul (Ibas). O diretor do Departamento de Negociações Internacionais do Ministério de Relações Exteriores, embaixador Regis Arslanian, informou que já existem acordos de preferências fixas entre Mercosul e Índia e entre Mercosul e União Aduaneira da África Austral, mas o Brasil quer fechar um outro, entre os dois blocos e a Índia. Os dois acordos já fechados ainda não estão em vigor porque os parlamentos do Brasil e da Argentina precisam aprová-los, acrescentou. “Houve uma proposta formal dos presidentes de países do Mercosul, enviada aos países da União Aduaneira e à Índia, para a criação de um grupo de trabalho que pudesse examinar esse processo negociador. Na Reunião de Cúpula do Ibas, o que os presidentes podem fazer é apoiar a criação do grupo de trabalho para se chegar à criação dessa área de livre comércio”, disse o embaixador. Na reunião também serão discutidos temas como a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, ações contra a fome e a pobreza, desenvolvimento sustentável e a Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio.O sub-secretário geral político do Ministério de Relações Exteriores, embaixador Pedro Motta Pinto, destacou a importância do encontro do dia 13, a primeira reunião de cúpula do Fórum: “O momento é oportuno, três anos depois da criação do Ibas, para que os três chefes de Estado possam fazer uma avaliação do que foi e do que está sendo o Fórum”. Já foram realizadas três reuniões ministeriais do Ibas – uma em Nova Delhi (Índia), outra em Pretória (África do Sul) e a terceira no Rio de Janeiro. O Ibas foi criado em 2003, com o objetivo de buscar maior aproximação entre Brasil, Índia e África do Sul na discussão de temas como comércio e investimentos, ciência e tecnologia, energia, transportes e sociedade da informação.