Torgan propõe frente nacional de combate a facção criminosa

04/09/2006 - 21h22

Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), propôs hoje (4) uma frente nacional de combate ao Primeiro Comando da Capital (PCC), após destacar que somente com a integração de todos os estados será possível “debelar” essa facção criminosa. “Acho que o PCC está maior do que o pessoal pensa. Ações pontuais, por melhores que sejam, não vão debelar essa organização. O que queremos é fazer uma frente ampla de combate ao PCC, de modo que todos os estados possam estar integrados e as ações possam ser simultâneas. Ou seja, quando a investigação estiver cumprindo mandado de busca e fazendo rastreamento financeiro em São Paulo, por exemplo, que esses rastreamentos estejam sendo feitos também em outros estados brasileiros”, disse. Torgan presidiu audiência pública da CPI com a participação de autoridades federais e estaduais das forças policiais, do Poder Judiciário e do Ministério Público, que investigam as ações da facção. Depois, em entrevista, informou que amanhã (5) haverá nova reunião para discutir ações específicas de combate aos atos criminosos. “Hoje foi apenas uma reunião preliminar. Temos de saber quem são os membros, o que eles pretendem fazer e quais ações vamos adotar para coibir essa organização”, disse. O superintendente regional da Polícia Federal de São Paulo, Geraldo José de Araújo, que participou da audiência pública de hoje, informou que cerca de 90% dos líderes do PCC já devem estar presos.Prevista para começar às 9 horas, a reunião de amanhã será fechada. Segundo Moroni Torgan, os trabalhos da CPI do Tráfico de Armas deverão ser concluídos após as eleições de outubro. A apresentação do relatório final estava prevista para os próximos dias, mas ainda é preciso “dar prosseguimento às investigações”, ressaltou o deputado.