Diretor do Banco Mundial diz que Brasil não é corrupto

04/09/2006 - 20h04

Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O diretor do Banco Mundial (Bird) para o Brasil, John Briscoe, disse que o Brasil "não é corrupto". Há dez dias, o banco anunciou que limitaria os empréstimos a países com governos envolvidos em corrupção. Hoje (4), após se reunir com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o diretor foi questionado sobre a possibilidade o Brasil parar de receber recursos.“Corrupção é uma conseqüência de falta de bom desempenho público, mas não é um problema só do Brasil. Todos os países têm problemas de corrupção. Os Estados Unidos, por exemplo, nação onde o Banco Mundial está sediado, têm sérios problemas, assim como a Inglaterra e a Alemanha”, disse. "Mas, assim como outras nações, [o Brasil] precisa melhorar o seu desempenho público para combater a corrupção".O diretor do Bird contou que o encontro com Calheiros serviu para “trocar idéias” e dar os “primeiros passos” a respeito dos futuros investimentos a serem realizados no Brasil. “As eleições estão se aproximando e precisamos começar a discutir quais são as prioridades para o país nos próximos quatro anos. Depois de cada eleição presidencial, discutimos um programa de parceria com o governo brasileiro, o Poder Legislativo e a sociedade civil”.Briscoe destacou que o Banco Mundial, há alguns anos, trabalha com o governo brasileiro no sentido de investir da melhor forma possível no país. “O setor público tem de funcionar de maneira efetiva para que a pobreza seja reduzida e o desenvolvimento aconteça”, finalizou.