Técnico destaca importância do Zoneamento Ecológico-Econômico para orientar investimentos

01/09/2006 - 0h49

Ivan Richard
Da Agência Brasil
Brasília - Conhecer as potencialidades e as limitações dos recursos naturais de umadeterminada região é um dos principais objetivos do ZoneamentoEcológico-Econômico (ZEE), executado pelo Ministério do Meio Ambiente.

Mais amplo que o Zoneamento Agrícola, adotado háalguns anos pelo Ministério da Agricultura para determinar principalmente osriscos climáticos da atividade rural, o Zoneamento Ecológico-Econômico pode serusado no planejamento de políticas territoriais, na elaboração do PlanoPlurianual (PPA) e na própria política ambiental, determinando áreas deproteção e conservação dos recursos naturais.

“Ele pode ser usado como instrumento para estimular asatividades econômicas e orientar investimentos”, disse o coordenador doprograma no Ministério do Meio Ambiente, Marcos Del Prette, em palestra sobre oassunto proferida em Brasília.

De acordo com Del Prette, todos os estados dopaís já fazem esse levantamento, “uns mais avançados, outros menos, comexperiências diferentes”. Os estados de Rondônia, Acre e Pará estão maisadiantas no processo e, segundo Del Prette, o avanço não é por acaso. “Elespassam por muitos problemas históricos de conflitos agrários, desmatamento eproblemas fundiários. Estão correndo atrás do prejuízo”, afirmou.

Del Prette explicou que o zoneamentoecológico-econômico serve como uma ferramenta para orientar o zoneamentoagrícola em áreas como a Amazônia, onde nunca se fez esse tipo de estudo. “Quemfaz o zoneamento agrícola não vai fazer esse levantamento em uma área em que nadavai ser cultivado. Na Amazônia, ele poderia estimular e aumento o risco dedesmatamento”, acentuou Del Prette.Ele informou, que pela primeira vez, está sendo feitana Amazônia uma simulação entre Zoneamento Agrícola e o ZoneamentoEcológico-Econômico para áreas de Rondônia definidas como aptas paraagricultura. “Vai ser feito só naquele lugar especifico”, enfatizou.