Juliane Sacerdote
Da Agência Brasil
Brasília - A parceria com organizações não-governamentais “é fundamental para a concretização dos projetos do governo e o melhor atendimento à sociedade”, na avaliação de Alexandro Pinto, coordenador geral de Iniciativas Inovadoras de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.Desde segunda-feira (29), por meio da Secretaria de Segurança Alimentar e Nutricional, o ministério está recebendo projetos de organizações não-governamentais que envolvam maneiras de auxiliar comunidades carentes sobre alimentação. Essas organizações têm um mês para enviar os projetos e a previsão, segundo o coordenador, é de que até o dia 16 de outubro sejam divulgados os aprovados. Cada projeto poderá receber, no máximo, R$ 50 mil – a verba total prevista é de R$ 1,5 milhão. Até o fim do ano, quando os convênios forem assinados, o dinheiro será liberado. E os projetos devem ser executados e concluídos nos 12 meses seguintes.Para participar, a organização não-governamental deve ter trabalhado por um mínimo de três anos com projetos que envolvam alimentação. “Do histórico da organização não-governamental pretendente devem constar projetos de implementação de bancos de alimentos, de unidade de alimentação e nutrição, ou a capacitação de agentes sociais na temática da segurança alimentar. Ou seja, que desenvolvam projetos agro-alimentares, e que tenham no beneficiamento, distribuição e comercialização de alimentos seu foco de trabalho”, explicou Alexandro Pinto. O coordenador lembrou que os beneficiados com o Bolsa Família constituem o público atendido pelos projetos aprovados: “A idéia central do programa é promover a autonomia financeira dessas famílias, gerando trabalho e renda com a produção de alimentos, para que futuramente não seja mais necessário o benefício social do governo”. E citou como exemplo de projeto que pode ser desenvolvido uma horta comunitária, que atenda tanto na alimentação quanto na geração de empregos. “O excedente pode ser vendido ao Programa de Aquisição de Alimentos da agricultura familiar, que repassa os produtos a creches, escolas e asilos”, disse. Alexandro Pinto destacou ainda que “a sociedade civil deve contribuir na fiscalização e acompanhar o desenrolar dos projetos, já que o recurso público liberado é da própria sociedade”.