Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos, disse hoje (30), na abertura do 1° Congresso Interamericano de Direitos Humanos, que “a educação em direitos humanos é o momento em que olhamos para a frente, olhamos para o futuro”. Ele lembrou que muitos países, inclusive o Brasil, fazem parte das convenções internacionais de direitos humanos, mas não conseguem cumprir as determinações delas. E acrescentou: “O grande paradoxo dos direitos humanos é o de que há um avanço na compreensão, nas institucionalidades que os países constroem. Mas há uma grande distância entre essas institucionalidades e a realidade concreta das violações diárias de direitos humanos”.O congresso discutirá até sábado (2) a promoção de políticas públicas para a educação em direitos humanos. E no encontro será apresentada a versão preliminar do Plano Nacional de Direitos Humanos, que entrará em consulta pública por 60 dias. O plano tem como objetivo criar uma cultura de direitos humanos no Brasil por meio da divulgação de valores solidários, cooperativos e de justiça social.Para o secretário de Direitos Humanos do Uruguai, Felipe Miqueli, que participa do encontro, “a educação em direitos humanos aponta para uma busca definitiva de atitudes e condutas respeitosas dos valores e princípios estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos”.Entre os principais temas a serem discutidos no congresso estão: universidade como centro de promoção e difusão de direitos humanos, o papel da mídia na educação em direitos humanos, importância da educação em direitos humanos nas escolas e a formação de profissionais de segurança e justiça a partir da ótica dos direitos humanos. O congresso é promovido pela Secretaria Especial de Direitos Humanos, Ministério da Educação, Secretaria Nacional de Segurança Publica do Ministério da Justiça e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).