Presidente de CPI defende aprovação de voto aberto no esforço do Congresso antes das eleições

30/08/2006 - 17h18

Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Comissão Parlamentar Mista deInquérito dos Sanguessugas, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ),defendeu a votação de Proposta de Emenda à Constituição que prevê ovoto aberto durante esforço concentrado do Congresso marcado parapróxima semana. Para ele, a aprovação representaria um "simbolismoimportantíssimo" a menos de 30 dias das eleições.No entanto, alcançar o quorum é um desafio. “Dia comohoje, com três parlamentares é um pouco difícil imaginar que no esforçoconcentrado comparecimento maciço de deputados”, disse. Hoje, por exemplo, a Câmara tinha apenas três deputados: Aldo Rebelo, Antonio Carlos Biscaia  e PhilemonRodrigues (PTB-SP), que passou a ser investigado pela CPI. Os três representaram a casa diante de uma delegação chinesa que visitava o país. Todos os outros não estavam presentes por causa do "recesso branco". “Acho que o mais importante na próxima semana seriaaprovação de uma emenda constitucional acabando com o voto secreto. Élógico que isso não é fácil. Se há dificuldade até de aprovar dentro dalegislação procedimento que não depende de quorum qualificado de trêsquintos, imagine uma Emenda Constitucional”, completou. Para umaProposta de Emenda à Constituição ser aprovada são necessários trêsquintos dos votos na Câmara e no Senado, em dois turnos.O presidente da casa, deputado Aldo Rebelo(PCdoB-SP), disse que está conversando com os líderes para votar as 20Medidas Provisórias que trancam a pauta e a Lei Geral da Micro ePequena Empresa. Ele defendeu o voto aberto para todos os casos, não sóde perda de mandato parlamentar. “Se a sociedade evoluiu, é possíveltornar aberto para todos os casos”, afirmou.O presidente da CPI espera ainda alcançar quorum paravotar os mais de 130 requerimentos que estão na comissão. A próximareunião está marcada para o dia 5. “Nesse momento algumas quebrasde sigilo se impõe e provavelmente algumas convocações para que asegunda fase possa ser acelerada”, disse. Uma das quebras de sigilobancário e fiscal que a comissão poderá votar será de CristianneMayrink. De acordo com reportagem publicada na imprensa com base emdepoimento do empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin, ela seria umaespécie de operadora terceirizada da Planam, empresa acusada de chefiaro esquema de compra superfaturada de ambulâncias. A idéia, segundoBiscaia, é aprovar requerimentos e montar uma agenda para outubro.