Associação prevê venda recorde de materiais de construção em 2006

30/08/2006 - 19h34

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O setor de materiais de construção tem a expectativa defechar 2006 com o maior faturamento dos últimos 12 anos. Nos sete primeiros mesesdo ano, o crescimento acumulado das vendas foi de 6% e a estimativa é chegue a8% até o final do ano, em relação ao ano anterior. A estimativa é da AssociaçãoNacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco).As razões para o aumento das vendas estão relacionadas àredução de impostos, da taxa juros (Selic) e à expectativa de melhora na renda,de acordo com o presidente da Anamaco, Cláudio Conz. Em fevereiro, o governo federal lançou um pacote quedesonerou ou reduziu 41 materiais de construção do Imposto sobre ProdutosIndustrializados (IPI). Em junho, outros 11 produtos foram incluídos na lista.Estados como São Paulo, Paraná e Santa Catarina reduziram também o Impostosobre Circulação de Mercadorias (ICMS) de alguns materiais. “Para muitosprodutos chegou a significar uma redução de 20% do preço. Isso permitiu aoconsumidor fazer reformas e ampliações”, disse Cláudio Conz.A expansão na aquisição de materiais de construção atingetanto a indústria da construção civil quanto a venda direta ao consumidos, deacordo com Conz. Dados da Anamaco apontam que o setor de construtorasrepresenta 27% do consumo de materiais de construção, os outros 73% se referemà venda direta ao consumidor, que faz obras para ampliar, reformar e mesmoconstruir casas. Cimento e aço são produtos que lideram o aumento da venda epuxam o consumo de material hidráulico e de acabamento.No comércio de materiais de construção, o emprego cresceu2,5% este ano. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged),do Ministério do Trabalho e Emprego, de julho, mostram que a construção civilfoi um dos setores que contribuíram para a expansão do emprego com carteiraassinada. Pesquisa do Sindicato da Indústria de Construção Civil doEstado de São Paulo (SindusCon-SP) aponta que o nível de emprego formal naconstrução civil cresceu 6,1% no primeiro semestre deste ano no Brasil, comaumento de 85,3 mil pessoas empregadas no setor. Apenas na indústria de fabricação de materiais, o reflexoainda não foi sentido. Segundo o presidente da Anamaco o motivo é que apesar doaumento do consumo interno houve queda na exportação dos produtos.