Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, afirmou hoje (17) na cidade de Foz do Iguaçu que o Tratado de Itaipu não será alterado. Segundo ele, "é um tratado bom, tanto para o Brasil quanto para o Paraguai”. Assinado em 1973 pelo presidente brasileiro Emílio Garrastazu Médici e o presidente do Paraguai, Alfredo Stroessner, o tratado permitiu a construção da barragem e da hidrelétrica de Itaipu, e definiu igualdade de direitos e obrigações para a binacional criada com a finalidade de aproveitar os recursos hídricos do Rio Paraná. Conselheiros brasileiros e paraguaios da Itaipu, diretores da hidrelétrica, o ministro da Fazenda Guido Mantega, o ministro da Economia do Paraguai, Ernest Bergen, e o diretor da agência de energia paraguaia (Ande), Martin González, reuniram-se hoje na sede da Itaipu Binacional para avaliar a dívida do Paraguai com o Brasil, adquirida durante construção da usina. Os paraguaios reivindicam a retirada da inflação americana que incide sobre os juros da dívida com a Eletrobrás e o Tesouro Nacional brasileiro. E o Brasil, segundo a direção de Itaipu, quer negociar com o Paraguai a possibilidade de colocar até 20 unidades geradoras em funcionamento simultâneo. A entrada em operação das duas novas unidades geradoras e o impacto para os dois países também foram discutidos no encontro. De acordo com a assessoria de Itaipu, a unidade 9A já passou pelos testes de confiabilidade e estará disponível para contratação no dia 1º de outubro. E a unidade 18A deverá entrar em funcionamento em, no máximo, seis meses.