Senador diz que processos não podem ser arquivados no Conselho de Ética

17/08/2006 - 0h38

Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O vice-presidente doConselho de Ética do Senado, Demóstenes Torres (PFL-GO), disse que os processoscontra os senadores citados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dosSanguessugas por envolvimento na compra superfaturada de ambulâncias não podemser arquivados pelo presidente do órgão, senado João Alberto (PMDB-MA).Torres disse que se opresidente do Conselho de Ética decidir arquivar os processos contra ossenadores Ney Suassuna (PMDB-PB), Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko(PT-MT) vai recorrer ao plenário da casa e ao Supremo Tribunal Federal. “Sehouver insistência de arquivar o procedimento, vou fazer um recurso ao plenárioda casa e até ao Supremo Tribunal Federal para que o Conselho de Ética tenha odireito de investigar”, afirmou.O senador explicou que osprocessos só poderiam ser arquivados se não houvesse um fato federal, se fossequestão relativa à vida privada, ou fato anterior ao mandato, desde que nãofosse parlamentar ou acusação que não implicasse crime ou quebra de decoro.“Todos esses elementos estão presentes. Então, ele tem que designar um relator.Ele não tem alternativa”, ressaltou.Torres concorda com opresidente do conselho que os relatores não devam ser do mesmo partido dosinvestigados."Avaliação de culpado ou inocente tem que ser feita no final.Não é agora. Não é porque Vedoim é um bandido que ele não sabe o que estádizendo. E também o relator vai ter que agir com total isenção”, disse.