Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, pediu hoje (17) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra 27 parlamentares suspeitos de envolvimento com a compra superfaturada de ambulâncias com recursos públicos. Se o STF atender a solicitação da Procuradoria, passará para 84 o número de parlamentares investigados pelo Ministério Público. Serão 12 a mais que os 72 parlamentares citados no relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas, aprovado na semana passada. Ontem (16) o presidente da CPMI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), entregou ao procurador Antonio Fernando o relatório com os nomes de 72 parlamentares contra os quais a comissão encontrou algum indício de envolvimento com o esquema de compra de ambulâncias. Os nomes dos 27  parlamentares não foram divulgados porque há posssibilidade de os processo correrem em segredo de justiça. Primeiro, o procurador Antonio Fernando de Souza pediu ao STF a abertura de inquérito contra 15 parlamentares. Depois, pediu a abertura de inquérito contra mais 42. O STF já autorizou a abertura dos inquéritos contra 57 parlamentares. A autorização do Supremo para tal procedimento é necessária porque, pela Constituição, parlamentares têm foro privilegiado e só podem ser investigados com a autorização do STF.