Juliana Andrade
Enviada especial*
Marechal Deodoro (AL) - Durantea homologação como patrimônio histórico domunicípio de Marechal Deodoro, em Alagoas, o presidente doInstituto do Patrimônio Histórico e ArtísticoNacional (Iphan), Luiz Fernando Almeida, considerou que a preservaçãodos bens é resultado direto do seu uso diário e darelação que a comunidade possui com ele. A cidade setorna a 62ªtombada como patrimônio brasileiro.“Essaagregação do Estado não prescinde daparticipação da sociedade civil. Porque quem preservade fato não é a restauração, que éeventualmente feita por um repasse de recursos federais ou estaduais.Quem preserva de fato é o uso. É a relaçãoque aquele patrimônio tem com a sua comunidade. Com quemparticipa do cotidiano e que dá alma para aquele patrimônio”,avalia.LuizFernando de Almeira reiterou que a homologação dacidade como patrimônio corrige uma injustiça passada.“Nós estamos corrigindo uma injustiça por nãoter homologado o tombamento antes. Nada diferencia Marechal Deodorode outras cidades irmãs que já foram tombadas, comoPenedo (AL) e São Cristóvão (SE)”, disse.Fundadano início do século 17, a cidade atualmente possuicerca de 42 mil habitantes. Já foi chamada de Povoaçãode Madalena de Sumaúna, Vila de Santa Maria Magdalena da Lagoado Sul e Vila das Alagoas. A história do municípioremonta à época da colonização, quando oscolonizadores portugueses estruturaram a comunidade para evitar ocontrabando de pau-brasil na costa brasileira.