Aline Beckstein
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Rio deJaneiro será sede, a partir de terça-feira (21), do 11º Congresso Mundial deSaúde Pública e o 8º Congresso Brasileiro de Saúde Pública. O tema do encontroserá Saúde coletiva em ummundo globalizado - Rompendo barreiras sociais, econômicas e políticas.O congresso éconsiderado um dos maiores eventos de saúde pública da América Latina e deve reunircerca de 10 mil pesquisadores, gestores e profissionais de saúde de vários paísespara a troca de experiências e debate de questões políticas.Diversas pesquisascientíficas em desenvolvimento serão apresentadas, especialmente ligadas àaids, doenças sexualmente transmissíveis e gripe aviária. Outros problemas queatingem o sistema público de saúde, como desnutrição, obesidade e gravidezprecoce também serão discutidos, juntamente com a situação da populaçãocarcerária.Durante o encontro,que irá até o próximo sábado (25), a Federação Mundial das Associações de SaúdePública - uma organização não-governamental internacional que reúneprofissionais de saúde - irá entregar à Fiocruz o título de melhorinstituição do mundo na área da saúde pública. O presidente da fundação, PauloBuss, também será homenageado como liderança sanitária.Em entrevista à RádioNacional de Brasília, PauloBuss falou da importância da fundação para o país. “Nós temos tido um papel dedestaque na produção de medicamentos contra o HIV, colocando o programabrasileiro de combate à aids como um exemplo no mundo”, destacou.Paulo Buss explicouo trabalho da Fiocruz na erradicação de outras doenças. “Já conseguimoseliminar a poliomielite e o sarampo está praticamente eliminado”, disse. “Vamoslançar ainda este ano o genoma da vacina BCG (contra a tuberculose) paramelhorar a própria vacina”.A Fiocruz foi criada em 1900, inicialmente com oobjetivo de fabricar soros e vacinas contra a peste. Em 1902, após osanitarista Oswaldo Cruz assumir sua direção, o instituto passou a se dedicartambém à pesquisa e à medicina experimental.