Juliana César Nunes
Enviada especial
Beirute (Líbano) - Representantes do governo libanês defenderam nesta terça-feira (15), em encontros com o chanceler brasileiro Celso Amorim, a realização de uma ampla reunião no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unydas (ONU). E pediram o apoio do Brasil nesse sentido. Eles querem discutir a situação do país e o impacto social e econômico dos conflitos entre israelenses e grupo libanês Hizbollah, considerado terrorista pelos Estados Unidos e por Israel.Em entrevista coletiva, o primeiro-ministro do Líbano, Fawzi Salloukh, disse que seu país pedirá aos organismos internacionais investigações sobre os ataques a civis. “Queremos saber se não foram cometidos crimes de guerra aqui”, afirmou.Celso Amorim disse que o Brasil tem interesse em participar de uma reunião ampla do Conselho de Segurança sobre a situação do Líbano e lamentou o fato de o convite não ter sido feito no primeiro encontro desse tipo, antes do cessar-fogo. “Por sermos um país com fortes laços com o Líbano, queremos apoiá-lo em todas as instâncias políticas possíveis”, destacou o ministro das Relações Exteriores. E acrescentou: “Somos amigos dos povos árabes e de Israel. Mas não deixaremos de condenar atos desproporcionais de violência cometidos contra civis, principalmente crianças, como vimos em cidades do sul do Líbano”.