Ivan Richard
Da Agência Brasil
Brasília - O ministro das Comunicações, Hélio Costa, anunciou hoje (9)que pediu à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a suspensãotemporária da licitação de novas faixas de internet banda larga. As faixas deradiofreqüências que estavam sendo oferecidas pelo governo eram de 3,5 Ghz até10,5 Ghz para o Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) ou para o ServiçoTelefônico Fixo Comutado Destinado ao uso do Público em Geral (STFC). O ministro ressaltou que a suspensão não significa ocancelamento da licitação, mas um pedido de tempo para que o ministério examealgumas questões. “Na medida em que estamos licitando as freqüências 3,5 até 10,5Ghz, em todos os blocos na operação e na numeração, notamos que o programa deinclusão digital do governo pode ser sacrificado”, explicou Costa.Segundo ainda Hélio Costa, o governo quer discutir asobrigações das empresas. “Estamos passando para as empresas essas autorizaçõese não houve a preocupação de que os serviços que serão prestados por elas sejamlevados para as grandes e também para as pequenas cidades”, disse. O ministro explicou ainda que o governo quer evitar o queaconteceu com a telefonia celular. “Um exemplo é o estado de Minas Gerais. Oestado tem 853 municípios e metade não tem telefonia celular, e se não tiveruma ação do governo não vai ter nunca, porque não há interesse de colocar nascidades pequenas e de interior”, disse.Segundo o ministro das Comunicações, as freqüências sãooferecidas em blocos e não por estados ou municípios. “Isso significa que umbloco de freqüência pode compreender grandes cidades, que oferecem maiorretorno financeiro para as empresas, e pequenas, que na grande maioria nãodespertam interesse”, disse.“A empresa pode se interessar por uma cidade dentro daquelaárea de numeração e não se interessar pelas demais. Nas demais cidades em quenão há interesse, ninguém vai poder colocar [o serviço] porque há um espaço detempo em que a empresa não perde a freqüência mesmo que não instale nada”,argumentou Costa.