Juliana Andrade e Aloisio Milani
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Coma Operação Isaías, desencadeada hoje (9) com aPolícia Federal e Ibama, já são dez grandesações de repressão para prender quadrilhasespecializadas em crimes ambientais, como a falsificaçãode autorizações para transporte de produto florestal(ATPFs). Foram os casos das operações Setembro Negro(2003), Curupira (2005), Ouro Verde (2005) e Novo Empate (2006).Foram presas 271 pessoas envolvidas, incluindo 78 servidores públicose 193 entre empresários, madeireiros, despachantes econtadores.Oesquema para concessão ilegal, desmontado numa açãoconjunta entre o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e RecursosNaturais Renováveis (Ibama) e a Polícia Federal (PF),movimentou cerca de R$ 53 milhões com o comércio deprodutos florestais. Hoje (9), 46 pessoas foram presas, de um totalde 54 mandados de prisão a serem cumpridos no Amapá,Pará, Santa Catarina e São Paulo, como parte daOperação Isaías. Segundo o chefe da áreaambiental daPolícia Federal, delegado Jorge Pontes, oesquema consistia em fraudar ATPFs, licenças exigidas para otransporte de produto florestal de origem nativa. O delegado disseque as autorizações foram tratadas como moeda peloesquema criminoso. De acordo com as investigações,cada ATPF era vendida por quantias entre R$ 1 mil e R$ 5 mil. “Ocrime ambiental passa a se organizar em razão do grande lucro,porque o fator lucro alto é a condição sine quanon para qualquer atividade criminosa passar a se organizar”,explicou.