Olga Bardawil
Repórter da Agência Brasil
Fortaleza - Os programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, devem ser a plataforma de acesso das populações mais pobres aos programas de microcrédito. A opinião é do professor Marcelo Néri, da Fundação Getúlio Vargas, que participou hoje (21) do painel Microfinanças e Políticas Públicas no encerramento do Fórum BNB de Desenvolvimento e 11º Encontro Regional de Economia.Segundo ele, deve haver “uma sinergia maior entre os programas de transferência de renda do governo federal e os programas de microcrédito”, pois estes “permitem que a população de baixa renda aproveite as oportunidades criadas pelos programas sociais”.Durante o debate, o professor Eduardo Girão, da Universidade de Fortaleza, defendeu a atual política de microcrédito e apontou como fator positivo a “crescente bancarização da população pobre e o conseqüente aumento da produtividade e da competitividade dos pequenos negócios, os grandes responsáveis pela dinamização da economia geral”. Girão defendeu ainda a integração do microcrédito com o programa de incentivo ao primeiro emprego dos jovens, que podem se tornar pequenos empreendedores. Na opinião dele, o grande desafio é gerar um número maior de novas ocupações, mais do que simplesmente consolidar as já existentes.