Ajuda humanitária no Líbano depende de "corredores de segurança", diz órgão para refugiados da ONU

21/07/2006 - 18h50

Agência Brasil

Brasília - O porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Ron Redmond, disse hoje (21) que a chegada de ajuda humanitária ao sul do Líbano depende da criação de “corredores de segurança”, pois Israel não garante passagem segura.“Estamos prontos para enviar toneladas de suprimentos, incluindo materiais para abrigos e cobertores de nossos estoques na Jordânia e na Síria, assim que rotas seguras de transportes estejam funcionado”, afirmou Redmond, em entrevista coletiva em Genebra. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa do órgão no Brasil.A criação dos corredores já está sendo reivindicada pelo secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, que também insiste quase diariamente na necessidade de um cessar-fogo.Enquanto os suprimentos não chegam ao Líbano, equipes do Acnur estão prestando assistência emergencial a vítimas em localidades no sul do país, informa o porta-voz. Segundo relatos de integrantes dessas equipes, cresce a cada dia o número de pessoas que deixam suas casas. São cerca de 80 mil no Vale Aleye, sendo que 22 mil estão abrigados em escolas, com espaço limitado e instalações sanitárias precárias. Famílias que hospedam a outra parte dessa população também precisarão de ajuda brevemente, avalia a chefe do Acnur em Beirute, Arafat Jamal.Na Síria, equipes de emergência monitoram o fluxo de refugiados. Até agora, mais de 100 mil pessoas já atravessaram a fronteira vindos do Líbano, a maioria cidadãos sírios que trabalham no país vizinho, informa o Acnur. O órgão prevê que os custos iniciais da operação vão ultrapassar os US$ 18 milhões.