Alessandra Bastos
Repórter da Agência Brasil
Córdoba (Argentina) - A 30ª Reunião da Cúpula dos presidentes do Mercosul, na Argentina, será um encontro “mais de planejamento estratégico do que de avaliação de resultados”, acredita o sub-secretário de América do Sul do Brasil, embaixador José Felício.O diplomata reconhece que o Mercosul tem avançado pouco nas negociações entre os países. “Desacelerou há dois anos”, diz Felício. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assume amanhã (21) a presidência do bloco por seis meses, mas a estratégia para o mandato ainda será definida.Os países membros do Mercosul passaram os últimos meses por diversos impasses bilaterais. Por motivos ambientais, os argentinos, por exemplo, exigem a suspensão das obras de duas fábricas de celulose no Uruguai próximas ao rio Paraguai, fronteira entre os dois paises.O Chile, por sua vez, está insatisfeito com medidas tomadas pela Argentina que aumentam os custos energéticos e o preço do gás no país. O produto tem sido tema de debate também entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Bolívia, Evo Morales, que nacionalizou as reserva bolivianos este ano. Entre os mais insatisfeitos do bloco está o Uruguai, que já cogitou a possibilidade de deixar o Mercosul. A Venezuela participa da cúpula como o mais novo integrante do bloco e defende a criação de uma força armada do Mercosul.