Alessandra Bastos
Enviada especial
Córdoba (Argentina) - Aperfeiçoar a circulação de mercadorias será um dos principais desafios do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na presidência do Mercosul, disse hoje (20) o embaixador José Felício. Lula participa da 30ª reunião do Conselho do Mercado Comum e Cúpula dos Presidentes do Mercosul e assume amanhã (21) a liderança temporária do bloco composto por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela.“Está havendo muitos problemas de comercialização, barreiras tecnicas, barreiras nao-tarifarias e de inspecoes sanitarias que as vezes atrasam o fluxo de mercadorias”, diz Felício, subsecretário de América do Sul do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty).Para melhorar a comercialização, de acordo com o embaixador, o Brasil pretende operacionalizar o Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul, que terá como função financiar projetos para melhorar as condições de produção e de exportação dos países menores e dar melhores condições competitivas sobretudo ao Uruguai e ao Paraguai.O embaixador lembra que já existe uma circulação “muito grande” de mercadorias entre os países que compõem o bloco. “Não sei se o consumidor percebe isso, porque as embalagens acabam sendo multinacionais, mas há um grande comércio de calçados e produtos de atacado como o arroz, a carne – que ainda circula com alguns problemas sanitarios –, autopeças e couro”.A auto-suficiência em energia também está entre os pontos mais importantes a considerar, diz José Felício. Ele avalia que Paraguai e a Bolívia “são os países mais integrados ao Brasil porque nos exportam energia”.