da Agência Brasil
Brasília - O termo jornalismo cidadão é uma novidade. Surgiu nos últimos anos para designar o trabalho do internauta produtor de informação. A prática pode ser verificada em páginas pessoais (blogs, videoblogs, fotoblogs, blogs de áudio), páginas de produção compartilhada (Wikipedia, Overmundo etc.), páginas em que você pode publicar o seu próprio vídeo ou a foto que fez de um evento (You Tube, Flickr etc).Na internet hoje, são muitas as possibilidades oferecidas para quem quer quer ter o seu próprio veículo de mídia. Uma revolução, que aponta para uma época em que o usuário (leitor, telespectador, ouvinte) deixa de apenas receber informação para ser também um produtor. Atenta a essa tendência, a equipe da Agência Brasil tomou uma série de de medidas para que os seus conteúdos noticiosos não sejam mais somente aproveitados pelos tradicionais veículos de mídia, mas também pelos jornalistas cidadãos. No Canal do Leitor, há uma lista com 15 perguntas e respostas que detalham exatamente quais são essas possibilidades.A adoção da licença Creative Commons, com permissão para a criação de obras derivadas e uso comercial, também é uma forma de estimular que os conteúdos produzidos pela Agência Brasil sejam apropriados pelo internauta, de forma livre e gratuita. A novidade nesse processo é que, ao republicar uma notícia da Agência Brasil, o usuário ganha um link na página da agência."Nós adaptamos um sistema que rastreia na internet as páginas pessoais que fizeram uso de nossos conteúdos e oferece um link na nossa página. Ou seja, o nosso leitor passará a ler, além da notícia que nós produzimos, as releituras e comentários feitos por outros leitores em suas páginas pessoais", explica Roberto Romano Taddei, consultor que trabalhou na elaboração e execução do projeto."A idéia é criar uma blogosfera ao redor da Agência Brasil, permitindo um amplo debate sobre os temas que fazem parte do nosso universo de cobertura, que são os temas relativos à cidadania, ao bem comum. Isso nos permitirá aproximar definitivamente o nosso foco dos interesses do cidadão", avalia Rodrigo Savazoni, editor-chefe da Agência Brasil. O site também oferece outros mecanismos de interatividade. No índice de notícias, por exemplo, o leitor encontra, além das matérias produzidas pela agência em ordem cronologica, três listas: uma com as notícias mais lidas, outra com as mais envidas por e-mail e, por fim, as mais comentadas em páginas pessoais."Essas listas são organizadas automaticamente, a partir do comportamento dos nossos usuários", explica Aloisio Milani, editor-executivo da Agência Brasil. "Com um clique, numa matéria, o usuário passa a ser também 'editor' dos nossos conteúdos. Ele também ajuda a selecionar e hierarquizar nosso conteúdo". Esse mesmo sistema pode ser econtrado na página de busca, o que permite ao usuário descobrir quais são as palavras mais buscadas no site.