Crise penitenciária em São Paulo é resultado de "desprezo explícito", diz presidente de sindicato

09/07/2006 - 20h39

Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A crise no sistema prisional do estado de São Paulo é resultado do tratamento que o poder público tem dado à área nos últimos anos, avalia o presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciários do Estado de São Paulo (Sindasp), Cícero Sarney dos Santos. “Houve um desprezo explícito”, disse.Segundo o presidente do Sindasp, um dos problemas é que geralmente a questão não é tratada no âmbito da segurança pública. “O sistema penitenciário sempre ficou separado dessas questões, abandonado até, nunca teve uma política de investimento, de aperfeiçoamento de treinamento e profissionalização desses agentes”.Segundo o sercetário-geral do Sindasp, Rozaldo José da Silva, a população carcerária do estado de São Paulo é de quase 140 mil presos. Desses, cerca de 17 mil estão em delegacias e cadeias, sob a responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública, e o restante, da Secretaria de Administração Penitenciária.Para o Sindasp, seria necessário criar pelo menos mais 30 mil vagas para aliviar o sistema prisional de São Paulo.