Missão brasileira discute tecnologia de produção do etanol na América Central

03/06/2006 - 12h26

Brasília - A tecnologia de produção do etanol foi um dos assuntos discutidos pela missão empresarial brasileira, liderada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, que visitou cinco países da América Central (Panamá, Costa Rica, Guatemala, El Salvador e Honduras) e fica na região até este sábado (3), quando retorna ao Brasil.

Em cada país, os brasileiros mantiveram contatos com autoridades governamentais e empresários e participaram de seminários e rodadas de negócios organizadas pela Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) com objetivo de identificar oportunidades de investimentos e negócios e ampliar o comércio.

Segundo a assessoria de imprensa do ministério, na última quinta-feira (2) Furlan e a presidente em exercício de El Salvador, Ana Vilma de Escobar, visitaram o primeiro empreendimento conjunto dos dois países na área de biocombustíveis.

A American Renewable Fuel Suppliers (ARFS), usina de álcool localizada em Sonsonate (Puerto de Acajutla), teve um custo de US$ 13 milhões e exporta 60 milhões de galões/ano para o mercado norte-americano. A expectativa agora é ampliar o fornecimento para países da América Central e atender o mercado do Havaí, com 15 milhões de litros/mês. "Estamos de olho nos mercados internacionais e este projeto é semente importante para que outros empreendimentos conjuntos possam florescer em El Salvador", disse Furlan.

O ministro, de acordo com a assessoria, também acertou a ida de uma missão brasileira ao Panamá para conhecer a tecnologia do etanol. O país já possui usinas para processamento de cana-de-açúcar e está interessado na conversão do modelo para que sejam acopladas usinas de álcool. Esta conversão, segundo Furlan, poderia vir a ser financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Na Guatemala, o etanol também foi tema da pauta de discussões de Furlan com o presidente do país, Oscar Berger. Segundo a assessoria, o ministro sugeriu que a Guatemala fizesse uma lei obrigando a mistura de 5% de álcool à gasolina como forma de estímulo compulsório ao consumo do produto.