Cecília Jorge e Juliana Andrade
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – O Consórcio Social da Juventude do Grande ABC, projeto do governo federal para qualificação profissional de jovens de baixa renda de 16 a 24 anos, deverá atender mais que os 2 mil previstos inicialmente. Durante inauguração do projeto em Santo André (SP) neste sábado (3) o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, anunciou que será criada mais uma turma do projeto.
"Vamos fazer uma nova turma simultaneamente com essa, de mais duas mil vagas para o Consórcio Social da Juventude", disse Marinho. Ao todo, serão cerca de 4 mil vagas. De acordo com o ministro, a capacidade de atendimento do consórcio poderá ser ampliada com a participação dos municípios. Na próxima segunda-feira (5) ele discutirá o assunto com o prefeito de São Bernardo do Campo, William Dib, presidente do consórcio intermunicipal do Grande ABC.
Sete municípios de São Paulo compõem o Grande ABC: Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. "Caso as prefeituras da região topem colaborar, vamos aumentar ainda mais essas vagas anunciadas aqui no dia de hoje", afirmou o ministro.
Segundo o coordenador do Consórcio Social da Juventude do Grande ABC, Teodoro Basílio de Lima, a meta é que pelo menos 30% dos 2 mil jovens atendidos sejam inseridos no mercado de trabalho da região. Esta é a terceira edição do projeto no Grande ABC, que já atendeu 2.859 jovens. Destes, 1.027 conseguiram um emprego, o equivalente a cerca de 36% do total.
Os cursos são divididos em duas etapas: qualificação básica e oficinas-escola. Na qualificação, os jovens participarão de cursos como inclusão digital, saúde e educação ambiental e ainda receberão apoio escolar. Já as oficinas-escola foram definidas a partir das características econômicas e das demandas do mercado da região. "Para desenvolvimento das oficinas e da qualificação básica, foram contratadas, via processo licitatório, entidades da sociedade civil", explicou Lima.
Para atender cerca de 2 mil jovens, o consórcio receberá R$ 4,5 milhões do Ministério do Trabalho. Parte da verba será destinada ao pagamento de auxílio financeiro para os jovens, no valor de R$ 150 por mês. O investimento total nas duas edições anteriores, realizadas entre 2003 e 2005, foi de R$ 6,6 milhões, segundo a Secretaria de Imprensa e Divulgação da Presidência da República.
Para 2006, a meta é qualificar cerca de 5 mil jovens, inserindo 1.627 deles no mercado de trabalho. Para isso, a previsão é que sejam investidos R$ 11 milhões. Em todo o país, os Consórcios Sociais da Juventude já formaram mais de 62 mil jovens, garantindo emprego a 20 mil deles, com investimento total de cerca de R$ 140 milhões.