Assessor da Presidência diz que Mercosul deve ser mais que união comercial

03/06/2006 - 18h57

Shirley Prestes
Repórter da Agência Brasil

Porto Alegre - O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, disse hoje (3), em Porto Alegre, que acadêmicos e políticos com responsabilidade nos governos de seus países podem comparar, durante a conferência internacional América do Sul - União Européia: processos de integração, as experiências entre as duas regiões, "diferentes, mas com alguns traços comuns".

Segundo ele, a idéia é discutir, além da institucionalidade, os programas que devem existir no âmbito do processo de integração física, econômica e energética. Defensor de que o Mercado Comum do Sul seja mais do que uma união comercial, Garcia – que falou sobre a Comunidade Sul-Americana de Nações e a situação atual do Mercosul - destacou que "é preciso que a integração se dê no terreno político, social, econômico e cultural".

O encontro, que começou nessa sexta-feira (2), debateu hoje o diálogo atual entre União Européia e Mercosul e os desafios para a construção de uma agenda comum. Com o tema central Os processos de integração entre União Européia (UE) e América do Sul, suas dificuldades atuais e perspectivas para o futuro, a conferência reúne mais de 300 pessoas de vários países.

Além dos brasileiros, o encontro - promovido pelas fundações Perseu Abramo (Brasil), Jean-Jaurès (França), Friedrich Ebert (Alemanha) e Pablo Iglesias (Espanha) - conta ainda com representantes da Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai, Bolívia e Venezuela.