Congresso vai aguardar investigação da Procuradoria-Geral sobre fraudes na saúde

24/05/2006 - 13h36

Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os presidentes da Câmara, Aldo Rebelo, e do Senado, Renan Calheiros, decidiram hoje (24) aguardar o resultado das apurações na Procuradoria-Geral da República para depois, com a denúncia em mão, investigar os supostos envolvidos na compra fraudulenta de ambulância com recursos de emendas parlamentares. O esquema acabou desarticulado durante a Operação Sanguessuga, da Polícia Federal.

O procedimento de investigação interna no Congresso Nacional foi acertado em uma reunião na manhã de hoje (24) entre Aldo Rebelo, Renan Calheiros e o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza. Também participaram do encontro os corregedores da Câmara e do Senado, Ciro Nogueira e Romeu Tuma.

"A corregedoria a seu critério poderá encaminhar os procedimentos para o Conselho de Ética uma vez que as investigações já foram realizadas na Procuradoria-Geral da República", explicou o presidente da Câmara. Ele acredita que o órgão do Ministério Público tem condições de produzir uma investigação mais rápida.

O corregedor da Câmara, deputado Ciro Nogueira, tem a mesma avaliação. "Se fosse culpado estaria mais preocupado agora porque a procuradoria vai ter mais condições de produzir provas", explicou Nogueira.

Para o senador Renan Calheiros, o procurador-geral da República demonstrou compromisso com a celeridade da investigação. "Conversamos com o procurador, que com maior isenção possível está investigando, fazendo as perícias e vai nos informar passo a passo da investigação de modo a separar o joio do trigo e criar condições para punirmos exemplarmente", disse o presidente do Senado.

Calheiros terá uma reunião com líderes partidários na tarde de hoje para definir se a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas deve ser aberta.