Ministro diz que duvida de negociação para o fim dos ataques em São Paulo

16/05/2006 - 19h28

Brasília, 16/5/2006 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse duvidar que tenha havido qualquer negociação entre o governo de São Paulo e o grupo Primeiro Comando da Capital (PCC) para acabar com os ataques e rebeliões no estado.

Após a solenidade de assinatura de convênio entre o Ministério da Justiça e Banco do Brasil, o ministro afirmou: "Eu penso que não se pode fazer acordo com criminoso. De modo que eu absolutamente me recuso a acreditar que o governo de São Paulo ou qualquer outra autoridade tenha feito acordo com esses criminosos. Eu acho isso absolutamente inadmissível e reitero o que o governador de São Paulo me disse – que não haveria possibilidade sequer de se cogitar algum acordo".

Para o ministro, as respostas do governo paulista "estão sendo dadas de maneira adequada". Ele disse acreditar que a situação em São Paulo "tenha melhorado bastante" e reiterou a oferta de ajuda da Força Nacional: "Estamos à disposição para qualquer que seja a necessidade. Confiamos que o governo de São Paulo vai conseguir controlar essa crise, mas em qualquer situação eles contam com a solidariedade da Polícia Federal. É uma solidariedade ativa, que envolve a presença da Força Nacional e de um trabalho concreto e operativo, até das Forças Armadas, se for o caso".

Segundo Márcio Thomaz Bastos, em junho será inaugurado o primeiro presídio federal do país, previsto em lei desde 1984. "Nós vamos fazer um sistema penitenciário federal com mil vagas para girar os presos dos sistemas penitenciários estaduais", explicou. Esse presídio, acrescentou, receberá os que precisam ser isolados dos demais detentos. "E até o fim deste mês será formada a primeira turma de guardas presidiários federais, dentro do arsenal de equipamentos que nós esperamos concluir para combater o crime no Brasil".