Porto Alegre, 10/5/2006 (Agência Brasil - ABr) - A Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) reforçou hoje (10) a realização de vários atos públicos no estado a partir de terça-feira (16), "como parte da pauta do Grito da Terra Brasil 2006 no estado". Também anunciou a viagem de uma delegação com 200 lideranças sindicais, para participar do Grito da Terra Brasil nos dias 16, 17 e 18, em Brasília.

Segundo o presidente da Fetag, Ezídio Pinheiro, o Grito da Terra já não é mais um movimento apenas dos agricultores familiares, mas de todos os segmentos que têm no campo a base de sua sustentação. "Enquanto o governo não se manifestar, os produtores irão trancar rodovias e bancos com maquinário, bem como fazer panfletagem no perímetro central das cidades", afirmou.

A comissão de Política Agrícola da Fetag reuniu-se hoje com o governo gaúcho para discutir as reivindicações do movimento. As negociações ocorrem em oito secretarias estaduais, sendo que a de Agricultura detém quase 90% das solicitações. "Um dos principais pontos é o programa Troca-troca de Sementes, do governo do estado. A crise no setor impede o pagamento das sementes", justificou Pinheiro.

A Fetag no Rio Grande do Sul congrega e coordena 350 sindicatos, representando mais de 1,5 milhão de pequenos produtores e agricultores familiares.