Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O corregedor da Câmara dos Deputados, Ciro Nogueira (PP-PI), diz que a Polícia Federal deveria ter investigado mais as suspeitas de fraudes nas emendas parlamentares para a compra de ambulâncias superfaturadas. A Operação Sanguessuga prendeu 50 pessoas envolvidas no esquema. Entre eles, secretários parlamentares, funcionários do Ministério da Saúde, integrantes de prefeituras.
Segundo o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), há mais informações sobre assessores parlamentares do que sobre deputados. Isso porque os deputados possuem foro privilegiado e não foram investigados. "A Polícia Federal deveria ter aprofundado mais as investigações. Deveria ter pedido licença ao Supremo Tribunal Federal (STF) para promover as investigações. Mas agora não adianta chorar o leite derramado, vamos ao trabalho", disse o corregedor Ciro Nogueira.
O corregedor prometeu agilidade nas apurações para concluir a análise no menor tempo possível. Depois, os resultados serão encaminhados para a Mesa Diretora decidir se faz ou não representação ao Conselho de Ética por quebra de decoro. Já o presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar, procurou o corregedor pedir pressa neste processo. Segundo Izar, se os processos forem encaminhados logo, o órgão precisa se preparar para recebê-los e julgá-los antes do final da legislatura. Caso contrário, eles perdem a validade e serão arquivados.