Spensy Pimentel
Enviado especial

Viena (Áustria) – O acesso das empresas multinacionais aos governos nacionais e as conseqüências desse contato estão em debate no Tribunal sobre Políticas Neoliberais e Transnacionais Européias na América Latina e no Caribe. O julgamento simulado é o principal evento do Conectando Alternativas 2 (Enlazando Alternativas, em espanhol, no original), encontro paralelo à 4ª Cúpula União Européia - América Latina e Caribe.

A contracúpula foi organizada por cerca de 200 movimentos sociais da Europa, da América Latina e do Caribe. "Temos de ficar atentos porque os dirigentes de grandes empresas se reúnem com facilidade com nossos líderes", disse hoje (10) a ativista Brid Brennan, do Transnational Institute, da Holanda, uma das oradoras na abertura do Conectando Alternativas.

Até sexta-feira, o tribunal das transnacionais deve analisar 30 casos de empresas acusadas de cometer abusos em países latino-americanos, como danos ambientais e desrespeito aos direitos trabalhistas e humanos.

Entre entidades participantes do evento, há opiniões variadas a respeito do papel das empresas. Desde socialistas declarados, contrários à propriedade privada dos meios de produção, até os mais moderados. "Sabemos que num mundo capitalista como o nosso, é preciso que haja grandes empresas. O que queremos evitar são os excessos", disse hoje o ativista alemão Elmar Altvater.