Marcos Ricardo dos Santos
Enviado especial
Montevidéu (Uruguai) – A universalização dos sistemas de saúde é um dos desafios imediatos para os governos da América Latina e do Caribe, na visão dos debatedores presentes ao 31º período de sessões da Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal). O braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para a região fez sua reunião anual, esta semana, na capital uruguaia, reunindo delegados de 42 países.
De acordo com dados da Cepal divulgados no encontro, o gasto médio em saúde realizado pelos países da região é de 438 dólares por habitante, índice inferior à média mundial, que é de 640 dólares.
Entre os países desenvolvidos a média deste gasto chega a 2.514 dólares por habitante. Na análise da Cepal, a situação da América Latina e do Caribe em relação à saúde é ainda mais delicada. Em quase 40% dos casos, os custos médicos são bancados diretamente pelos cidadãos, sem a participação financeira do Estado. Esse contexto faz com que o acesso universal seja uma meta ainda muito distante para as populações dos países da região.
Segundo a análise da Cepal, a maior parte dos países latino-americanos e caribenhos apresenta uma coexistência de sistemas públicos e privados, gerando ineficiência do sistema e limitando os mecanismos de solidariedade entre os cidadãos mais ricos e os mais pobres.