Aécio Amado
Repórter da Agência Brasil
Nova Iguaçu (RJ) - O modelo chileno de educação foi debatido hoje (25) no Fórum Mundial de Educação. O ativista Pablo Venegas da ONG Produção Intelectual Inovadora Específica
(FLAPE) reconheceu que o país obteve avanços na universalização da prestação dos serviços de educação. No entanto, apontou distorções graves do sistema, principalmente pelas diferenças existentes entre os ensinos público e privado.
Segundo ele, reserva-se aos ricos o ensino privado e aos pobres o público, que normalmente é de baixa qualidade. Venegas destacou que as autoridades educacionais chilenas não têm conseguido superar esse problema. Na avaliação dele, a solução seria investir nas escolas públicas e, também, na melhoria das condições de vida das famílias com menos poder aquisitivo.
Venegas atribui essa segmentação social dentro do sistema educacional chileno a um modelo ditado pelo mercado, onde quem tem condições de pagar tem o melhor ensino. Segundo dados citados pela ativista, a cobertura educacional no ensino fundamental e médio chega a 90% da população. O que significa que avançou nos últimos 10 anos, mas não o suficiente para garantir que todas as crianças chilenas estejam na escola.
As afirmações de Venegas foram feitas durante palestra na conferência "Ética e Cidadania em Tempos de Exclusão", no Fórum Mundial de Educação, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.