Paulo Montoia
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Ao encerrar o Ano Iberoamericano da Leitura - Vivaleitura 2005, ontem (13) em São Paulo, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, lançou o prêmio com o mesmo nome para conceder recursos a projetos que estimulem a leitura e as bibliotecas, com dotação assegurada por uma década. A dotação está garantida, segundo portaria publicada no Diário Oficial da União, por meio de recursos da Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), com apoio da Fundação Santilhana, instituições que assinaram o acordo de cooperação para o prêmio e, janeiro deste ano, em Madri.
O lançamento ocorreu na cerimônia oficial de encerramento do ano Vivaleitura 2005, ontem, no Auditório Elis Regina do complexo de exposições Anhembi. A portaria de número 214, que cria o prêmio, foi publicada no Diário Oficial da União em 28 de novembro passado e é conjunta dos ministérios da Educação e da Cultura. Caberá a OEI toda a organização, a condução e a premiação, inclusive a manutenção do site oficial na internet, que é específico para o Brasil. A duração do prêmio anual, de dez anos com possibilidade de prorrogação, está definida no artigo 5 da portaria.
No lançamento foram divulgados os regulamentos e oficialmente abertas às inscrições à premiação, que se encerrarão em 15 de junho. Serão concedidos três prêmios de R$ 25 mil em três categorias: bibliotecas públicas, privadas e comunitárias; escolas públicas e privadas; pessoas físicas, universidades e instituições da sociedade que desenvolvam trabalhos na área da leitura. As dotações têm o patrocínio da fundação Santillana. O site do prêmio é premiovivaleitura.org.br.
Gilberto Gil destacou que a programação do Vivaleitura 2005 "teve a participação de 6 mil parceiros presentes em quase todos os municípios brasileiros, desenvolvendo algum tipo de atividade para fomentar a leitura, seja abrindo bibliotecas – como fez a Fundação Biblioteca Nacional – o projeto Arca das Letras, o Projeto Quero Ler, tantos institutos, governos estaduais e locais".
O ministro apontou "que 2005 foi o ano em que o Ministério da Cultura destinou maior volume de recursos em um único ano em toda a história. Foram R$ 24 milhões para abrir novas bibliotecas em cidades que ainda não têm a sua; seja distribuindo livros – como faz muito bem o MEC e em menor escala tantas organizações não-governamentais, bibliotecárias e comunitárias. Ou ainda criando a câmara setorial do livro e leitura, como fez o Ministério da Cultura, ou como o BNDES, através do Pró-Livro". O Ano Ibero-americano da Leitura foi comemorado em 21 países em 2005.