Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A República Tcheca espera contar com o apoio do Brasil no pleito para ocupar uma cadeira de membro não-permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU). A informação foi dada hoje (3) pelo primeiro-ministro tcheco, Jiri Paroubek, que está em visita ao Brasil.
"Gostaríamos de ver também o apoio à nossa candidatura", afirmou Paroubek, durante almoço oferecido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Itamaraty. Os tchecos apóiam a proposta do Brasil e dos outros países do G 4 (Japão, Alemanha e Índia) de ampliação do Conselho de Segurança da ONU.
Jiri Paroubek lembrou a resistência da União Européia, da qual a República Tcheca faz parte desde 2004, em abrir o mercado agrícola para os países em desenvolvimento. Para ele, uma abertura maior seria positiva. Segundo Paroubek, a entrada da República Tcheca no bloco multiplica as possibilidades de negócios, já que o país se modernizou nos últimos anos. Segundo o premiê, o Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas do país, cresceu 5%.
Ele destacou o fortalecimento da relação entre o Brasil e a República Tcheca, com o fim da necessidade de vistos de entrada para turistas. Paroubek ressaltou também que a paz no Oriente Médio e a estabilização do Haiti são temas comuns ao Brasil e à República Tcheca.
Assim como Lula, o primeiro-ministro recordou as raízes tchecas da família do ex-presidente brasileiro Juscelino Kubitschek. Em tom de brincadeira, Jiri Paroubek disse que torce por um novo encontro das seleções brasileira e tcheca na final da Copa do Mundo deste ano. Na Copa de 1962, no Chile, o Brasil venceu a então Tchecoslováquia por 3 a 1. No entanto, ele espera que, desta vez, o resultado seja favorável aos tchecos, se o enfrentamento ocorrer.