Marcos Chagas
Repórter Agência Brasil

Brasília - O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, recusou-se a comentar hoje (31) o processo de negociação com o governo boliviano a respeito de uma possível estatização de duas refinarias de gás natural construídas pela empresa brasileira naquele país.

"A Petrobras não vai negociar pela imprensa. A empresa está tranqüila, nós precisamos do gás boliviano e eles de nós", afirmou Gabrielli, ao deixar o gabinete do senador Rodolpho Tourinho (PFL-BA), com quem discutiu o projeto de lei que tramita no Senado para a regulamentação do segmento de gás natural.

O projeto de lei foi apresentado pelo senador baiano em junho do ano passado. Segundo o presidente da estatal, a Petrobras tem divergências com relação a propostas contidas no marco regulatório para o campo do gás natural. Gabrielli disse que encaminhará a Tourinho uma análise detalhada sobre a proposta feita ele, como tentativa de contornar as divergências.

Gabrielli citou pelo menos três pontos em que não há concordância da Petrobrás com a proposta do senador: o tempo de exclusividade para a utilização de gasodutos, o conceito de dutos de transferência e transportes e as concessões para exploração dos serviços.