Nível de atividade da indústria paulista cresceu 1,8% no ano passado

31/01/2006 - 16h01

São Paulo, 31/1/2006 (Agência Brasil - ABr) - O nível de atividade da indústria paulista fechou o ano com crescimento de 1,8%, de acordo com o Indicador do Nível de Atividade (INA), divulgado hoje (31) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).

Em dezembro, o INA apresentou queda de 5% em comparação com o mês anterior e crescimento de 1% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O total de horas trabalhadas na produção em 2005 foi 7,6% maior do que em 2004. Já o total de salários reais ficou 11,3% acima do ano anterior. As vendas reais cresceram 13,1%.

Segundo o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, 2005 caracterizou-se como um ano em que houve certa recuperação e crescimento da massa salarial. Para ele, o aumento do salário mínimo refletirá no resultado de 2006.

"Ele deve representar alguma coisa da ordem de R$ 8,5 bilhões, o que significa um crescimento de 1,5% da renda. Ou seja, se a renda cresceu 5% no ano passado, só o efeito do mínimo no ano de 2006 vai dar 1,5%. Significa, evidentemente, mais demanda e um indutor para uma certa reativação da atividade econômica", afirmou o empresário.

Francini esclareceu que, apesar do aumento de horas trabalhadas, salários e vendas, o crescimento do INA foi pequeno porque a recuperação que se esperava para o último trimestre diante do trimestre anterior, que foi considerado fraco, não ocorreu. "Essa recuperação não houve. O último trimestre comportou-se relativamente igual ao terceiro, de forma natural, como sempre é. Houve uma pequena queda de 1,5%, que era esperada, porque no último trimestre sempre cai".

De acordo com Francini, a indústria continua morna e dessa maneira não estimula investimentos. Ele disse que a expectativa para o início do ano é que a atividade industrial continue morna. "A atividade industrial não está indicando continuidade de queda, que é aquilo que foi registrado no terceiro trimestre. O último trimestre mostrou estabilidade com relação a essa queda e essa estabilidade vai se manter no primeiro trimestre desse ano", concluiu.