Problemas urbanos devem ser enfrentados segundo realidade específica da cidade, aponta conferência

03/12/2005 - 16h43

Cecília Jorge
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Os problemas urbanos nas regiões metropolitanas do país devem ser enfrentados com a elaboração de políticas públicas específicas. Essa foi uma das conclusões da 2ª Conferência das Cidades. "As regiões metropolitanas hoje são as grandes concentradoras de pobreza", afirmou a coordenadora do Conselho das Cidades (ConCidades), Grazia de Grazia. "Por mais que a capital possa ter melhores condições de vida, todos os municípios ao redor da capital têm a maior concentração da pobreza", acrescentou.

Segundo a coordenadora, a proposta é que as políticas públicas não se concentrem apenas em melhorar os indicadores sociais, – como índice de pobreza, de déficit habitacional, de saneamento e de transporte –, mas também na melhoria da gestão dos recursos disponíveis. "Não resolve apenas aumentar os recursos, se os estados e as prefeituras não sabem geri-lo para melhorar a qualidade de vida e enfrentar a desigualdade."

A conferência reuniu 2.230 participantes, entre representantes governamentais e da sociedade civil, durante quatro dias. O evento foi transmitido ao vivo pela internet e teve ao todo 12 mil acessos.