Ministra defende no <i>Diálogo Brasil</i> salários iguais para homens e mulheres

30/11/2005 - 21h52

Adriana Franzin
Da Agência Brasil

Brasília - A ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, afirmou hoje (30), no programa Diálogo Brasil, que a maior taxa de ocupação feminina, apontada pela Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (Pnad-2004), ainda é majoritariamente nos empregos mais precários. Ela lamentou, no estúdio da TVE Brasil, no Rio de Janeiro, a falta de eqüidade a respeito dos salários: "O impacto da entrada de mulheres no mercado não repercutiu em uma maior igualdade de salários entre os gêneros".

A ministra lembrou que o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, lançado em dezembro de 2004, é a principal medida do governo para melhorar a situação feminina no país.

No estúdio da TV Cultura, em São Paulo, Lídia Corrêa, vice-presidente da Confederação de Mulheres do Brasil, defendeu que há duas décadas não se via a presença da mulher, como hoje. Mas que ainda são necessárias mais medidas, mais políticas, mais mudanças. "A sociedade pede, quando não conta com as nossas características e capacidades nos postos de comando", afirmou.

E a professora e pesquisadora Tânia Montoro, do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da Universidade de Brasília, destacou, também no estúdio da TV Nacional, que a literatura coloca o poder como masculino. E disse haver um processo de feminização da pobreza: "O maior número de mulheres inseridas no mercado faz parte da faixa de menores salários". Na opinião dela, "nosso avanço foi uma mudança muito maior do que o país pode absorver".

O debate do Diálogo Brasil é mediado pelo jornalista Luiz Fara Monteiro. O programa é transmitido ao vivo para todo o país, sempre às quartas-feiras, das 22h30 às 23h30. Os telespectadores podem participar enviando perguntas e sugestões pelo e-mail dialogobrasil@radiobras.gov.br e pelo telefone (61) 3327-4210.